Como uma afronta?
Como um gesto de saudade e amor?
O que é certo é que provocaste revolta.
Como podes ir ao meu berço, acompanhado sem ser por mim?
É a minha casa. A minha família.
Aqui só há recordações minhas.
Aqui, estou presente no ar que respiras,
No chão que pisas, na brisa que te refresca,
Na Lua que te embala, no Sol que te desperta.
Eu e mais ninguém.
Como te atreves?
Como podes fazer isto?
Será que não te apercebes do implicito nos teus actos?
Pode ser que o faças sem pensar...
Mas já fizeste... já está.
Mesmo longe e perto sem estares, continuas a magoar.