quinta-feira, 23 de abril de 2009

E não é que veio a ser algo mais?
mesmo sem ser projecto, o amigo cresceu em mim
e eu cresci no amigo, quem diria...
falava-me hoje de medos e dúvidas
com um rubor enternecedor...
Ouvia-o e pensava se sentia o mesmo
e ao mesmo tempo queria beijá-lo...ou não...
então beijei
ele beijou
acho que o surpreendi... confessou-me.
é muito querido...tão querido...tanto...
já começámos a dança não é?
por favor... não me pises...

terça-feira, 21 de abril de 2009

És tu... sim, o meu 10º gomo... Sê bemvindo à tangerina. Estava à tua espera!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Arranca-me do canto.
Guia-me nos teus movimentos e,
eleva-me... bem alto...
Rodopia-me, arrebata-me,
aperta-me contra ti
assim, bem forte, com firmeza...
Quero sentir a tua mão na minha,
não a largues, nem a deixes fugir.
Segura-a com gentileza.
Dança comigo, baila em mim,
cresce em mim
Ama-me e vive-me
Não me deixes ali no canto, à espera
do convite para a vida...
Concedes-me esta dança?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Intervalo.
Preciso de uma pausa.
Anseio por um descanso
Estou esgotada.
Sinto-me tão cansada...
Dá-me tréguas,
rendo-me.
Não aguento mais...
Posso descansar?
Por favor, só um pouco...
Cheguei ao meu limite
já chega, por favor!
Basta!
... _ _ _ ...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Não quero meios amigos
Não preciso de um quase amor
Quero e dou por inteiro
É tudo ou nada!
Não gosto de meias palavras
entrelinhas, subterfúgios
Quero franqueza, sinceridade
Não quero nada pela metade.
Não quero só parte,
Quero o todo.
Na integra, sem lacunas.
Quero tudo ou nada.
Metade, não! Obrigada.

Naquela noite linda, feita lua
Vesti-te de luar e maré-cheia,
Eras estrela azul, toda nua,
A reluzir na cor branca da areia.
E esse teu corpo jovem, cor de mar
Da minha alma triste, só, vazia,
Era toda a razão para te embalar,
Nos meus beijos de espuma e maresia.
Do mar encapelado, onde flutua,
A barca do meu sonho, a naufragar
Veio a razão do quanto se situa
Neste desejo meu de te encontrar.
Eis porque numa vaga de sargaços,
Limos, búzios de ouro... eu fui voragem,
Enchendo minhas mãos, corpo e braços
Com tudo o que me lembra a tua imagem!
Quando ancorei depois numa alta fraga,
Pus ante ti, meu sonho de grandeza
E foi já com os meus olhos rasos de água,
Que fiz da tua entrega uma certeza.
Hoje, é só de fugida que nos vemos,
E os corpos inundamos de luar.
Agora, que melhor nos conhecemos,
Como é tão pouco, o tempo para amar...
Se pulsa em nós o amor em cada veia,
Não deixes a nossa barca naufragar,
Que ela só tem luar e maré-cheia,
P'ra te vestir de novo ao pé do mar!