terça-feira, 30 de junho de 2009

Vergonha


Por definição, a vergonha é um estado psicológico de confusão, que se apodera do nosso espirito pelo receio de desonra e de humilhação, pelo conhecimento dessa desonra, desgraça, ou condenação.
É um sentimento humilhante para quem reconhece uma falta praticada.

Mas também pode ser vergonha alheia, quando, por exemplo, estamos sentados num restaurante e alguém come de boca aberta, ou fala alto demais, ou alguém tem um bocado de comida agarrado ao dente, (alface, pastel de nata, etc), e nós não conseguimos dizer nada. Quando vemos alguém ser desrespeitado ou humilhado.

Também existe a vergonha colectiva, essa sentimos pelo comportamento humano em geral, por exemplo, nas atitudes menos próprias para com o planeta, quando todos usamos carro todos os dias para ir trabalhar em vez de utilizarmos os transportes, quando atiramos uma beata para o chão, quando vemos Japoneses a caçar baleias, ou americanos a matar focas bébés. Quem nunca sentiu vergonha de ser humano? Quando o nosso clube de futebol perde, quando o nosso departamento não atinge os objectivos... enfim, um sem número de situações

A vergonha por si só é um castigo. O caminho da cura é o reconhecimento e a assimilação consciente do erro.
A vergonha é o que faz falta a muitas pessoas... como aquele gajo que numa entrevista de emprego, questiona um meu amigo relativamente aos seus gostos literários, (que por sinal é excelente), e não lhe dá o emprego porque não aprova os livros que ele mencionou no CV... Ele há com cada um...


Hallelujah!!!
Recebi boas notícias.
Se bem que em detrimento de outrém...Infelizmente.
E que me desculpe o lesado, se bem que está em plena consciência da minha inocência.
Mas não posso deixar de me sentir satisfeita.
Tão poucas vezes justiça me é feita...
Tão poucas são as vezes que usufruo de alguma benesse...
Que deixem-me celebrar o facto com este pequeno texto, nem que seja só para me lembrar da data, daqui a uns anos, quando me for concedido mais algum louvor.
Amen! E que se repita! por favor!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Welcome to the House of Nonsense

E há os que teimam em dizer algo.
Mesmo, quando o que têm a dizer, não faça qualquer sentido.
Nem para os outros, nem para eles próprios.

domingo, 28 de junho de 2009

"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."

"Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste."

"Não vejo, sem pensar."

"Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter."

Fernando Pessoa in Livro do Desassossego

Egoísmo e falta de sensibilidade.
Estar cheia de problemas e ter de lidar com isso...

Estou livre do egocentrismo
Posso agora concentrar-me nos meus problemas reais.
Nos de sempre e nos que teimam em chegar.
Enfim. Nada de novo na minha vida.

Que sufoco de fim de semana...
Que bom é respirar!

Vamos lá começar tudo outra vez.
Chegou outra vez a hora da mudança.
Mudanças boas, necessárias.
Rumo à renovação da vida.
A metamorfose da lagarta continua.
É sem margem para dúvida um ano de mudança.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Porque será que as pessoas em geral, tem a mania de cobrar aos outros o que não lhes é devido?

Porque será que quando damos como certo o que não conseguimos por nossa incuria conservar, cobrar do outro a responsabilidade?

Porque será que alguns de nós pensam ser o centro do universo, e tudo o resto tem de girar à sua volta?
Porque será que quando se têm um problema, os problemas dos outros são tão insignificantes quando comparados com os nossos?

Porque será? não sei. Já deixei de pensar assim à muito tempo. Já aprendi que se estamos mal, há milhões pior que nós.
Essa história de incutir aos outros a responsabilidade da sua felicidade... nunca funciona.
Cada um é responsável pela sua própria felicidade.
Se para algo serviu este último mês, foi para me aperceber o quanto estás vivo em mim. Logo agora que pensei que te havia morto, aniquilado, anulado, esquecido.
Dou-me conta que estás mais vivo que nunca. Mais presente que nunca.
Não importa quão distante estejamos nem com quem estejamos a partilhar a nossa vida neste momento. Seremos sempre de nós. Pertences-me e eu pertenço-te. Não vale a pena continuar lutar contra isso, ou a iludir-me do contrário.
Estes tem sido dias muito difíceis para mim. De introspecção e de certezas tão claras como já não tinha há muito tempo.
Talvez não devesse ter aberto aquela gaveta.
Talvez fosse melhor continuar a não saber o que quero.